O pé humano é incrivelmente complexo em sua estrutura e função.
Engenhosa arquitetura de ossos, articulações, músculos e tendões responsável pela sustentação do peso corporal e propulsão à marcha.
As queixas associadas aos pés são muitas vezes subestimadas.
Ignorar problemas nos pés e tornozelos pode levar a longos períodos de inabilidade.
Infelizmente é comum as pessoas procurarem os cuidados médicos de forma tardia.
Estas são algumas patologias comuns encontradas nos consultórios:
Fascite plantar. Esta é uma inflamação da faixa de tecido fibroso que suporta o arco plantar na “sola” do pé. Está associada com déficit no alongamento, pés planos e calçados inadequados. O tratamento envolve imobilizadores
Tendinite do Aquiles. Inflamação do tendão que se insere no calcanhar, resulta de falta de alongamento e sobrecarga tendínea. Abordagem precoce poderá diminuir as chances de cronificação e rutura deste tendão. Terapia anti-inflamatória, modificação no calçado, exercício fisioterápico e tratamento através de ondas de choque pode ser útil. Tratamento cirúrgico é exceção, indicado apenas na presença de grandes calcificações que agridem o tendão.
Hálux valgo ou joanetes. Trata-se de mau alinhamento do grande artelho. Uma grande calosidade se forma na face medial da junção deste dedo com o pé. Quando esta deformidade evolui resulta em rigidez, artrite e deformidade dos dedos vizinhos. A dificuldade para adaptação à calçados é queixa frequente. Os tratamentos não cirúrgicos são inefetivos, sendo a cirurgia corretiva indicada para joanetes sintomáticos.
Pé plano adquirido. Doença progressiva que leva ao desabamento da curvatura do pé por falência tendinosa. Quando evoluída pode levar a rutura tendínea, artrite e dificuldade para caminhar. Exercícios de fortalecimento e alongamento da musculatura do pé são indicados. As palmilhas que elevam o arco plantar medial são recomendadas. Cirurgias são indicadas em casos evoluídos e variam desde técnicas de liberação tendínea simples até cirurgias ósseas complexas.
Entorses de tornozelo. Entorses repetitivos causam lesão dos ligamentos que estabilizam a articulação. Quando não tratada de forma precoce as chances de um novo episódio mais grave aumenta. As lesões de cartilagem e osteoartrite podem se desenvolver. Os entorses na fase aguda são tratados com repouso, imobilização, gelo e elevação. Após esta fase inicial, reabilitação inicia-se para evitar atrofia e perda de mobilidade. O treino de propriocepção (equilíbrio) é fundamental para prevenção de lesões futuras.
O tratamento destas patologias ortopédicas têm prognóstico favorável se diagnosticadas precocemente.