Síndrome da dor complexa regional é uma forma incomum de dor crônica que usualmente afeta as extremidades (braços e pernas).Tipicamente a dor é muito mais intensa do que poderia se esperar, sendo desproporcional ao problema. Sua causa não é completamente conhecida. Acredita ser decorrente da má função dos nervos periféricos na sua ligação com o sistema nervoso central gerando uma resposta inflamatória anormal. Outros nomes da síndrome são: algodistrofia, causalgia, distrofia simpático reflexa. Esta síndrome de dor complexa regional pode se desenvolver após uma contusão simples, fraturas, cirurgias ósseas e longos períodos de imobilização (ex: utilização de gesso). Acidente vascular cerebral (AVC) e infartos cardíacos (IAM) podem precipitar esta síndrome dolorosa. Dor intensa, hipersensibilidade ao toque e ao frio, alteração na cor e temperatura da pele, aumento da quantidade de pêlos e suor excessivo no local são características da doença. Quando o problema torna-se crônico temos alteração na textura da pele e unhas, retração muscular e rigidez articular. O paciente perde habilidade para gestos simples como movimentar uma articulação. Neste estágio a condição pode tornar-se irreversível com possíveis seqüelas. Estresse emocional pode ser um fator que favorece a síndrome. Em algumas pessoas, sinais e sintomas da síndrome dador complexa regional desaparecem rapidamente e sem deixar sequelas. Em outras, sinais e sintomas podem persistir por anos.O diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico com os achados descritos acima. Não há um exame que confirme o diagnóstico. Exames como cintilografia, ressonância magnética e raio-x podem revelar alterações porém não são específicas. O sucesso do tratamento é possível se iniciado de forma precoce com poucas semanas após surgimento dos primeiros sintomas. Muitas vezes uma combinação de várias terapias se faz necessária. Medicações como analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos, corticóides e inibidores da perda óssea podem ser utilizados. Associam-se terapias com medicações locais, bloqueios nervosos, fisioterapia e manipulações leves. Vários profissionais devem estar envolvidos para o sucesso terapêutico. Médicos, fisioterapeutas e psicólogos irão definir o tratamento de acordo com o perfil do paciente e a causa do problema.
Seqüelas como rigidez articular podem ocorrer e são geralmente graves. Necessitam cirurgias ortopédicas que devem ser feitas quando o processo doloroso for controlado, em geral após meses de tratamento. O risco de insucesso é infelizmente elevado.
Dor em membros de intensidade desproporcional ao trauma ocorrido e que não melhoram com medicações usuais devem ser sinais de alerta e um médico especialista deverá ser consultado.